Conforme divulgado no SOC! TUM! POW! a Marvel irá lançar em agosto uma mini-série em comemoração aos 70 anos da editora contando a versão definitiva da origem de seu universo de super-heróis. Marvels Project apresentará histórias estreladas por heróis dos primódios da editora, quando esta ainda era Timely Comics, como Tocha Humana, Namor e Capitão América. Mas, dentre todos estes um será o personagem principal de toda a mini-série, o Anjo, pois atuará como o narrador das histórias. Mas, afinal, quem é o Anjo?
Dificilmente leitores mais novos ou menos assíduos na leitura do Universo Marvel conhecerão o detetive particular Thomas Halloway, mas é ele quem narrará as histórias contadas em Marvels Project. Exatamente! O Anjo da mini-série em questão não é o mutante Warren Wortinghton III dos X-Men, mas sim o detetive particular Halloway, o super-herói mais antigo de todo o Universo Marvel.
A origem do personagem traz elementos muito característicos de um tipo de leitura muito popular na época de sua primeira aparição, em 1939, a literatura pulp.
O pai de Thomas Halloway era diretor de uma penitenciária e exigia sempre o melhor de seu filho, forçando-o ao limite constantemente e tendo chegado ao ponto de criá-lo isolado da sociedade, dentro da prisão que dirigia, a fim de fazer aflorar nele a perfeição física e mental.
Com a exigência de seu pai e a orientação de alguns prisioneiros Thomas aprendeu tudo sobre combate corpo a corpo e sobre os segredos do submundo. Ainda durante o tempo que passou recluso na prisão de seu pai o rapaz realizou a leitura de vários livros e chegou a aprender línguas obscuras e esquecidas e passou a ser conhecido como um "brilhante doutor".
Ao ter salvo um dos prisioneiros de ser eletrocutado na cadeira elétrica o rapaz ganhou a alcunha de "Anjo", a qual acabou sendo adotada por ele em sua luta contra o crime.
Inserido na sociedade passou a atuar como o vigilante uniformizado Anjo e, sem usar máscara não fazia esforço para esconder sua identidade civil, Thomas Halloway, um milionário ex-cirurgião.
Após resgatar uma mulher de uma cidade subterrânea recebeu uma capa divina do deus Mercúrio - a Capa de Mercúrio - que lhe concedia o poder de voar.
O Anjo foi um personagem muito mais do tipo vigilante urbano, briguento e que captura assaltantes de bancos e trombadinhas do que um super-herói com grandes poderes e que realiza façanhas inimagináveis. Prova disso é ele ter usado poucas vezes o poder de sua capa, atendo-se mais às investigações e resolução dos problemas no "mano a mano".
Em entrevista ao site Newsarama, Steve Epting, desenhista de Marvels Project falou de sua impressão sobre o Anjo. "Ele [o Anjo] é mais ou menos aos mesmos moldes do Demolidor, balançando-se pelos telhados e mastros. Na verdade, se mudassemos o uniforme, algumas das cenas que desenhei se encaixariam perfeitamente em uma história do Demolidor. Talvez ele seja um pouco menos taciturno que o Demolidor e tenha um pouco mais de Errol Flynn, mas aquele é essencialmente o modo como estou representando ele."
Foi descoberto posteriormente que o Anjo financiava as atividades de um grupo de extermínio conhecido como Carrascos do Submundo, o qual era voltado para o assassinato de vilões e criminosos. Após as atividades do grupo ter sido descoberta Halloway simulou sua própria morte para escapar da lei. A última notícia que se teve de Halloway é que, vivendo em Manhattan como sem-teto, foi surpreendido e morto pelo vilão Zeitgeist.
Apesar de ter sido o herói mais famoso da Timely Comics depois dos três principais - Capitão América, Namor e Tocha Humana - e ter aparecido em mais de uma centena de edições da editora, o Anjo foi caindo no esquecimento ao longo dos anos 40 e ao final da década já não mais despontava em nenhuma história. No início dos anos 70 voltou a fazer uma breve aparição em The Avenger # 97 durante a famosa guerra Kree/Skrull (no Brasil, Os Maiores Clássicos dos Vingadores nº1, ed. Panini, 2006) e em raríssimas aparições nas décadas seguintes.
Segundo a organização das edições nacionais com a aparição do Anjo realizada pelo Guia dos Quadrinhos talvez a primeira aparição do Anjo no Brasil tenha ocorrido em 1941 na revista O Globo Juvenil nº14.
Quanto a participação de Halloway em Marvels Project o escritor da série, Ed Brubacker explica que "Logo na primeira edição percebemos que o narrador é claramente um herói em início de carreira, e iremos descobrir que é o Anjo, mas o que é escrito por ele é feito em algum ponto após o final da história. Então, teremos sua perspectiva das coisas em algum ponto de seu futuro. Ele conheceu várias das pessoas de quem ele conta". Brubacker completa, "Tudo que tiver uma narrativa é contado através de sua voz, e descobriremos o porquê no
Além de recontar de maneira definitiva a origem de seu universo de super-heróis, com Marvels Project a Marvel terá também a oportunidade de resgatar um de seus esquecidos personagens e, quem sabe, reintroduzi-lo no cenário. Além disso, com o Anjo a editora poderá também fortalecer-se dentro da nova tendência de quadrinhos que vem surgindo para substituir a recente onda de zumbis, o resgate de heróis antigos e lançamento de histórias baseadas na literatura pulp.
Nota: Essa matéria foi escrita com a colaboração do leitor Snikt!
Além de recontar de maneira definitiva a origem de seu universo de super-heróis, com Marvels Project a Marvel terá também a oportunidade de resgatar um de seus esquecidos personagens e, quem sabe, reintroduzi-lo no cenário. Além disso, com o Anjo a editora poderá também fortalecer-se dentro da nova tendência de quadrinhos que vem surgindo para substituir a recente onda de zumbis, o resgate de heróis antigos e lançamento de histórias baseadas na literatura pulp.
Nota: Essa matéria foi escrita com a colaboração do leitor Snikt!
1 comentários:
CAra adorei a matéria, não conhecia esse personagem, já tinha ouvido falar é claro e visto ele na primeira saga Kree-Skrull mas nunca tive o interesse de ir atras de suas histórias e origem, e tomara mesmo que eles invistam mesmo em antigos personagem como esse Anjo, o antigo Visão, Tocha Humana e é claro Namor um personagem bem legal e pouco explorado.
Excelsior.
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